Essa é mais uma versão da Associação Atlética Ponte Preta, da cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo. É o segundo clube de futebol mais antigo do país e na época de sua fundação era o único que permitia abertamente a participação de jogadores negros em seus times.
Em 1900, o futebol já era mania entre os paulistanos e já era praticado pelos associados de clubes como o Säo Paulo Athetic, o Internacional e o Germanya. No interior, só o Savoia, de Sorocaba, difundia a modalidade. Em Campinas, alguns meninos de calças curtas reuniram-se no começo da Rua Abolição, num descampado onde anos depois seria erguida a Escola Senai. Ali decidiram fundar um clube de futebol, no dia 11 de agosto de 1900. Dez anos depois, já existiam em Campinas os seguintes clubes de futebol: Gymnasio A.C., A.A. Ponte Preta, Americano F.C., Mogyana A.A., London F.C., A.A. Campineira, S.C. Operário e A.S. Palmeiras. Ao final da década, o único clube a continuar sua trajetória no mundo futebolístico foi a Ponte Preta.
A Ponte Preta é o time mais antigo do estado de São Paulo e o segundo clube mais antigo do Brasil, sendo também um dos times pioneiros do futebol nacional a contar com jogadores negros em seu elenco, o que então destoava do elitismo do esporte em seus primórdios no Brasil.
Um dos seus fundadores, Miguel do Carmo, nascido em Jundiaí em 1885, era fiscal de linha da Companhia Paulista de Estradas de Ferro em Campinas no fim do século XIX. Foi o primeiro jogador negro a jogar futebol por um clube brasileiro quando ocupou sua posição de “centre-half” nas partidas iniciais da história da Ponte Preta, logo após a fundação da equipe em 1900. A situação era impensável no fim daquele século e começo do próximo. Os times que praticavam o futebol no Brasil eram de clubes da elite branca. Alguns deles tinham regras que proibiam explicitamente a presença de negros em seus quadros. Miguel do Carmo jogou na Ponte até 1904, quando foi transferido para Jundiaí.
O surgimento da Ponte Preta e a escolha do seu nome está diretamente ligado ao crescimento e desenvolvimento da cidade de Campinas. Em 1870, deu-se início à construção da Ferrovia Paulista, indo de Jundiaí a Campinas. A instalação dos trilhos requisitava a construção de uma ponte. A ponte era de madeira, e para melhor conservação, foi tratada com piche. Assim, enegrecida, surgiu a Ponte Preta e a partir daí, a região em torno da ponte virou o Bairro da Ponte Preta, em 1872.
Em 1912, a Ponte juntamente com mais seis clubes decidiram criar a Liga Operária de Foot-Ball Campineira, promovendo então o “2º Campeonato Campineiro de Futebol”, que teve como campeã a Associação Athletica Ponte Preta, vencendo o Guarany Futebol Clube na primeira grande decisão do Derby Campineiro, um dos clássicos mais conhecidos do país. Em 28 de fevereiro de 1935, em reunião na residência do até então presidente da Ponte Dr. Francisco Ursaia, surgiu a definitiva Liga Campineira de Futebol.
Atualmente a Ponte Preta é uma das equipes mais tradicionais do futebol brasileiro e é o clube do interior paulista que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo. O clube possui conquistas e grandes campanhas a níveis municipais, estaduais, nacionais e internacionais, como seus 10 títulos campineiros (1912, 1931, 1935, 1936, 1937, 1940, 1944, 1947, 1948, 1951), 6 títulos do Campeonato do Interior (1927, 1951, 2009, 2013, 2015, 2018), 1 Taça dos Invictos (1970), 7 vices do Campeonato Paulista (1929, 1970, 1977, 1979, 1981, 2008, 2017), 3° lugar no Campeonato Brasileiro (1981), 3° lugar na Copa do Brasil (2001) e vice-campeã da Copa Sul-Americana (2013), além do título na Divisão Especial de Acesso (1969) e 2 vices no Campeonato Brasileiro Série B (1997 e 2014).
Nossa nova versão foi montada em lentes de 42mm com arte semelhante aos antigos Botãomínio, que eram feitos de alumínio e horrorosos para jogar.
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