Esse é o Marília Atlético Clube, da cidade de Marília, interior do estado de São Paulo. Também chamado de MAC, tem o Tigre como sua mascote e desde 1967 seu estádio é o Bento de Abreu Sampaio Vidal, o Abreuzão.
Foi fundado em 1942 com as cores vermelho e branco e o nome de Esporte Clube Comercial, na cidade de Marília, interior do estado de São Paulo. Em 1947 trocou o nome para Marília Atlético Clube e as cores pelo azul e branco.
Campeão Amador do Interior com apenas um ano de vida, em 1943, profissionalizou-se em 1953, sendo que o seu primeiro jogo profissional foi disputado contra a equipe do Rio Claro, uma vitória por 3 a 1 no estádio Bento de Abreu. Neste mesmo ano, faz sua estreia na Segunda Divisão do Campeonato Paulista, herdando a vaga deixada pela Associação Atlética São Bento, também de Marília.
O clube que começou com uma história muito bonita com o título em seu primeiro ano, viu sua torcida protagonizar uma história horrenda ainda no início de sua vida profissional. No Campeonato Pata de 1953, seu primeiro torneio como equipe profissional, faz uma boa campanha, chegando à fase final, onde seis equipes (MAC, Noroeste, América, Bragantino, Paulista e Ferroviária) jogavam entre si em turno e returno, e o campeão conquistaria a vaga para o acesso à elite do Paulistão da próxima temporada. Após três rodadas, o Noroeste liderava com seis pontos, seguido pelo Marília que estava com cinco, sendo que o jogo da 4ª rodada seria o confronto entre os dois times, no estádio Bento de Abreu em Marília, em 18 de abril de 1954, apitado pelo árbitro José Benedito Siqueira. O MAC sairia na frente no placar, porém viu o Noroeste conseguiu virar a partida para 2 a 1, placar final do jogo. Após o apito final, a torcida maqueana, revoltada com os acontecimentos, invadiu o campo e deu início a uma batalha campal, brigando com os policiais, assim como quebrando as dependências do estádio. A história diz que os torcedores invadiram o vestiário do árbitro e o espancaram. Desmaiado, foi levado para a Santa Casa dado como morto, tamanha foram as agressões. Porém, o saldo do jogo para ele foram três costelas quebradas e algumas escoriações, ficando internado por alguns dias. Por conta deste incidente, o time foi punido pela FPF com a perda de todos os pontos conquistados, assim como os seus jogos como mandante no decorrer do campeonato seriam disputados na casa do adversário.
De 1958 a 1969, optou pelo amadorismo, apenas disputou como coadjuvante a Quarta Divisão de profissionais em 1965. Em 1970, voltou forte ao cenário do futebol profissional e, em 1971, conquistou o título da segundona paulista e seu primeiro acesso à elite do futebol paulista. Em 1979 foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
No âmbito nacional, o MAC ainda não chegou a disputar a primeira divisão do Brasileirão e até o ano de 2003 os torcedores nunca haviam sentido uma chance tão grande de chegar na divisão de elite do campeonato brasileiro. O time que tinha como destaques o goleiro Mauro, e jogadores de qualidade como Basílio, Camanducaia e Fumagalli. Chegou ao quadrangular final daquele ano, junto com Sport, Palmeiras e Botafogo-RJ, mas não conseguiu o acesso que foi conquistado pelo time paulista e também pelo carioca. Ficou em quarto lugar, porém a Série B daquele ano contava com 24 times e promovia apenas 2 clubes para a Série A, que também tinha 24 equipes - ainda uma lembrança das épocas de viradas de mesa para salvar os times cariocas.
Os anos se passaram, o Marília brigou muitas vezes pela ponta da tabela na Série B, mas nunca havia chegado tão perto do acesso, como foi naquele ano de 2003. Foi em 2007 que a história parecia que seria diferente. Era o segundo ano que o campeonato adotava o sistema de disputa atual, ou seja, 20 times (em 2003 eram 24), que jogam todos contra todos em dois turnos (até 2005 era apenas um turno, depois eram feitos os quadrangulares semifinais e final), e os quatro primeiros são promovidos à Série A (no modelo anterior, somente os dois primeiros subiam). No primeiro ano desse sistema de disputa, o MAC ficou na nona colocação com 50 pontos, 11 atrás do quarto colocado, América de Natal.
O MAC começou bem, porém foi punido logo no início do campeonato com a perda de 6 pontos devido a uma escalação irregular. Depois de muitos altos e baixos, trocas de técnico, bons e maus jogos, o Tigre encerrou aquela campanha na Série B com 17 vitórias, 8 empates e 13 derrotas. Foram 66 gols marcados e 61 sofridos. A campanha rendeu ao time a 6ª classificação com 53 pontos, 6 pontos a menos que o Vitória, último time no G4. Exatamente os 6 pontos que o Marília perdeu com a escalação irregular de Leandro Camilo.
Depois daquele 2007, o Marília nunca mais foi o mesmo. O time caiu para a Série C do Brasileiro em 2008, e depois foram descensos em sequência no campeonato paulista a partir de 2009. Foram anos tristes para o seu torcedor, que ainda teve uma certa alegria quando o time voltou a disputar o Paulistão em 2015. Porém as más administrações e o péssimo futebol apresentado levaram o clube à vexames, como por exemplo ser rebaixado no Paulistão sem vencer um jogo.
Hoje o time não disputa nenhuma divisão do Campeonato Brasileiro e está na Série A3 do Paulistão, a terceira divisão do estado.
Seus principais títulos são a Série A2 Paulista por duas vezes, em 1972 e 2002.
Nossa nova versão foi um presente do amigo Osvaldo.
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