Esse é o América Futebol Clube, um clube poliesportivo brasileiro da cidade de Recife, capital do estado de Pernambuco. Tem como modalidade esportiva principal o futebol, como um dos clubes mais tradicionais do estado.
Foi fundado em 1914 como por jovens aristocratas da cidade do Recife com o nome de João de Barros Foot-Ball Club, o nome fazia alusão à estrada onde se encontravam o primeiro campo do time e a sua respectiva sede. O João de Barros surgiu como mais uma agremiação para a prática do desporto bretão, que ascendia na preferência pernambucana e nacional, arregimentando cada vez mais adeptos por todos os lugares. Um desses entusiastas foi João Evangelista Belfort Duarte, um dos personagens mais importantes do futebol brasileiro, tradutor das regras de futebol do inglês para o português, um dos fundadores da Associação Atlética Mackenzie College de São Paulo e era o então presidente do tradicional América Football Clube do Rio de Janeiro. Teve uma passagem por Recife com o objetivo de buscar apoio para a fundação da Federação Brasileira de Sports, antecessora da antiga CBD e posteriormente CBF. Porém, no breve período em que esteve na capital pernambucana, Belfort Duarte também deixou sua marca na história esmeraldina, sendo ele o responsável por motivar Aristheu Accioly Lins a fazer a mudança do nome João de Barros Foot-Ball Club para América Futebol Clube, em 1915.
Como João de Barros FC, o clube foi um dos membros fundadores da "Liga Sportiva Pernambucana", em 1915 e participou do Primeiro Campeonato de Futebol do mesmo ano. O primeiro título de Campeão Pernambucano do América só veio a acontecer em 1918, dessa vez com a participação do Náutico e Sport, que não fizeram parte da primeira edição da competição.
Ao longo de sua história, o América contou com alguns jogadores de grande expressão nacional, que contribuíram para as conquistas da equipe. Vavá, por exemplo, começou na base do América em 1948, mas sua carreira profissional começou no Vasco da Gama, onde é ídolo, e ganhou as Copa do Mundo FIFA de 1958 e 1962.
A equipe esmeraldina durante seus tempos de glórias era liderada por José Henrique Tasso ou simplesmente Zé Tasso, maior ídolo da história do América, recifense criado no bairro de Poço da Panela, esteve presente nas maiores conquistas da história do clube. Destacou-se jogando futebol no time amador do bairro onde cresceu. Durante a disputa da Liga Suburbana de 1918, o Sr. Francisco Gusmão, que na época era técnico do alviverde, ficou encantado com as incríveis habilidades de Zé Tasso. Ao final da competição o jogador foi convidado a integrar o elenco profissional do América, e logo no seu ano de estreia conquistou o seu primeiro título pernambucano e de quebra sendo o artilheiro da competição com 17 gols (1918). Suas atuações lhe deram destaque na crônica local, além de ter levado o Alviverde da Estrada do Arraial a mais 3 títulos estaduais (1919, 1921 & 1922). Em 1923 ajudou também marcou a história do América, ajudando a equipe na conquista do Troféu Nordeste, a primeira competição de âmbito regional no Nordeste que se tem notícia.
A primeira competição nacional oficial do América, foi a Série B do Campeonato Brasileiro de 1972. Nesta edição, a equipe foi o pernambucano com a melhor colocação geral do torneio, ficando na oitava colocação do campeonato. Em 1990, participou da terceira edição da Série C, onde ficou na vigésima quarta colocação geral, sendo sua única participação na terceira divisão nacional. Depois disso, apenas em 2016 a equipe retornou após a disputa do Campeonato Pernambucano. O América ficou em 1º colocado no seu grupo com 3 vitórias 3 empates em 6 jogos. Não levou o título estadual, mas garantiu a vaga para a Série D no mesmo ano e de quebra para a Série D de 2017. Um dos responsáveis pela façanha foi o icônico e folclórico Carlinhos Bala.
Seus títulos mais importantes conquistados no futebol são o Troféu Nordeste de 1923, o Torneio Incentivo Pernambucano de 1976, os onze torneios Início de Pernambuco (1921, 1930, 1931, 1934, 1936, 1938, 1941, 1943, 1955, 1967, 1970) e os seis campeonatos pernambucano (1918, 1919, 1921, 1922, 1927 e 1944), sendo o quarto maior campeão estadual da história.
Atualmente na segunda divisão pernambucana, há décadas a equipe vive no ostracismo, por vezes dependente de um saudosismo de épocas douradas e mantido por torcedores apaixonados pelo próprio clube ou pela rica história do futebol pernambucano. O "Mequinha", como carinhosamente é conhecido, hoje em dia, segue como o segundo time de parte dos aficionados torcedores recifenses.
Nossa versão foi montada em lentes de 45mm com arte própria.
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