Esse é Club Sportivo Cienciano, uma equipe de futebol peruana da cidade de Cusco. É o maior time da cidade e um dos mais antigos do país. Junto com FBC Melgar faz o maior clássico do sul do Peru.
No final do século XIX, o missionário inglês William Newell chegou a Cusco, instalando-se no Colégio Nacional de Ciências e Artes e incutindo a prática de um esporte que seu país havia inventado e que dava os primeiros passos no Peru. Pouco depois, em 8 de julho de 1901, fundou o clube com o nome de "San Bernardo Tescellino" em homenagem ao padroeiro da escola.1819 Em 27 de julho de 1902, o time disputou sua primeira partida oficial, contra o Atlético Clube. da mesma cidade. Apenas em 1947 o Cienciano enfrentou pela primeira vez um time de fora de Cusco.
Em 1973, quando o time se preparava para estrear na liga profissional como convidado, a diretoria percebeu que o time não existia nos Registros Públicos, por isso teve que registrá-lo após a formação dos estatutos. No entanto, estes papéis não existiam e o tempo era essencial, razão pela qual Félix Villegas Cajachagua, ex-diretor da escola e presidente honorário do clube, juntamente com Manuel Muñoz Ochoa e Rubén Carrillo, decidiram copiar o estatuto do "Unión Cienciano", um clube de futebol fundado na década de 1950 e que contava com um time de divisão menor, que era administrado por um diretor do San Bernardo que colaborou com a refundação. Apenas mudaram o nome original para Clube Cienciano del Cusco para formalizar a existência do Cienciano perante os Registros Públicos.
Apesar da tradição, nunca foi um grande ganhador de títulos. Em 2001 ganhou seu primeiro torneio Clausura. Depois disso também venceu o Apertura de 2005 e novamente o Clausura de 2006. Mesmo assim, não é considerado campeão peruano, pois o campeonato peruano prevê o cruzamento do campeão do Apertura com o campeão do Clausura para a disputa da final peruana, fase a qual o Cienciano nunca venceu.
Durante sua história, o clube teve muitos altos e baixos, tendo um maior reconhecimento internacional ao vencer o River Plate da Argentina na decisão da Copa Sul-Americana em 2003. No ano seguinte, venceu mais uma equipe argentina, o Boca Juniors, numa disputa válida por outro título continental, a Recopa Sul-Americana (Atual Supercopa). O Cienciano é por enquanto o único time peruano a ser campeão de uma competição internacional, apesar de nunca, em toda sua história, ter vencido o Campeonato Peruano de Futebol. Vem desses dois títulos internacionais as duas estrelas douradas sobre o escudo da equipe.
Em 2010, o time passou por uma crise econômica, estava prestes a ir para a segunda divisão, mas uma vitória na última rodada o salvou. Ainda em crise, em 2015, o time fez uma péssima campanha, chegando a ter até três treinadores ao longo do torneio, além de continuar a sofrer com a falta de recursos, tudo isso fez com que o time do Cusco fosse rebaixado para a segunda divisão.
Em 2019 o clube foi campeão da segunda divisão peruana de futebol e voltou para a primeira divisão, porém desde então vem fazendo campanhas apenas modestas, dificilmente lutando por títulos.
O uniforme da equipe é vermelho, mas o escudo oficial do Cienciano é azul, sem burro e sem a cor vermelha. Santiago Guillen Cobarrubias, designer e publicitário de Cusco, em 1938 (bem antes do clube adotar o nome atual) foi contratado pelas autoridades escolares para projetar e criar um símbolo para o Colégio Nacional de Ciências e Artes de Cusco, que três meses depois entregou o modelo de fundo azul com o duplo C. Este é o escudo utilizado até hoje pelo clube, o escudo do Colégio Nacional de Ciências. Nos últimos 30 anos passaram a circular desenhos e camisetas com escudos com fundo vermelho apenas com fins comerciais, sem autorização do colégio, proprietário do escudo e da marca. As versões alternativas também incluem no emblema um burro - mascote da escola, isto apenas para fins ilustrativos. Com o crescimento da internet, essas versões alternativas apareceram ainda mais. Porém o escudo oficial do clube sempre foi o de fundo azul.
Nossa versão foi montada em lentes de 45mm e arte semelhante aos antigos Brianezi, que levavam o polêmico escudo vermelho com o simpático burrinho, provavelmente confundidos com as ilustrações disponíveis na época.
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