OLYMPIQUE DE MARSEILLE, DA FRANÇA, DE ROUPA NOVA

Esse é o Olympique de Marseille, mais conhecido no Brasil como Olympique de Marselha, um clube de futebol de Marselha, a segunda maior cidade da França. O lema do clube, Droit au But, estampado no escudo, significa "Direto ao gol".

Fundado em 1892 como um clube poliesportivo, sendo chamado de Sporting Club, US Phocéenne, e Football Club de Marseille nos seus primeiros cinco anos de vida. O nome Olympique de Marseille foi adotado apenas em 1899, ano em que se considera a fundação oficial do clube no formato atual. No começo, o rugby era o principal esporte dentro do clube, com o futebol sendo praticado apenas em 1902. Em 1904, o Olympique venceu seu primeiro campeonato, o Championnat du Littoral ("Campeonato do Litoral"), que tinha como participantes outros times da cidade, lhe dando a oportunidade de participar do Campeonato Francês da USFSA pela primeira vez.

Suas primeiras grandes conquistas vieram na década de 1920, quando venceu três Copas da França, em 1923/24, 1925/26 e 1926/27 e ainda o Campeonato Francês de Amadores em 1928/29 - o campeonato de maior importância na época. Na década seguinte, com a profissionalização do futebol e a criação do Campeonato Francês no formato atual, o Olympique foi campeão em 1936/37, considerado vencedor pelo número de vitórias, já que terminou com o mesmo número de pontos do Sochaux. Ainda nesta época venceu mais três Copas da França, em 1934–35, 1937–38 e 1942–43, se tornando o maior vencedor do certame, título que ainda carrega. Sua segunda conquista do Campeonato Francês veio em 1947–48, mais uma vez numa disputa acirrada, dessa vez com o Lille, terminando o certame apenas um ponto a frente do rival.

Na década de 1950 e década de 1960, passou pela época mais difícil de sua história. Nesse período, disputou seis temporadas a Segunda Divisão Francesa, quando foi rebaixado em 1958–59, voltando 1962–63, novamente sucumbindo e retornando em definitivo apenas na temporada 1965–66. Sua única conquista foi a Copa Charles Drago, em 1959–60, além de ter sido finalista da Copa da França uma vez.

No seu retorno à Primeira Divisão, contando com uma nova direção, o clube voltou a estar no topo, conquistando três Copas da França e dois Campeonatos Franceses. Com jogadores como Roger Magnusson e Josip Skoblar (que levou a Bota de Ouro como jogador que mais fez gols em toda a Europa em 1971) fez história no futebol francês, participando ainda pelas primeiras vezes da Taça dos Clubes Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões da UEFA).

Infelizmente o sucesso não durou muito e, ameaçando a Liga de tirar sua equipe da disputa do certame por não poder mais contratar estrangeiros para seu time, outro rebaixamento veio em 1979–80, com o retorno vindo apenas em 1984–85.

Em 12 de abril de 1986, o polêmico empresário Bernard Tapie assumiu a presidência do clube e trouxe diversos jogadores de ponta para o time, como Karl-Heinz Förster, Alain Giresse, Jean-Pierre Papin, Chris Waddle, Klaus Allofs, Enzo Francescoli, Abedi Pelé, Didier Deschamps, Basile Boli, Marcel Desailly, Rudi Völler e Éric Cantona, assim como treinadores de renome como Franz Beckenbauer, Gérard Gili e Raymond Goethals.

Com isso o Olympique conquistou quatro Campeonatos Franceses consecutivos, um recorde, igualando-se ao AS Saint-Étienne, que tinha o feito vinte anos antes, além de mais uma Copa da França. O primeiro título, em 1988–89 teve sabor especial devido à rivalidade, que estava tomando ares mais sérios na época, com o Paris Saint-Germain. A três rodadas do fim do campeonato, os dois times eram os únicos possibilitados de conquistar o certame e se enfrentariam. Com a partida empatada em 0–0 até o último minuto, Franck Sauzée marcou o gol da vitória e do título marselhano.

No ano seguinte, mais uma disputa acirrada, dessa vez com o Bordeaux, que ficou apenas dois pontos atrás do campeão. Em 1990–91 e 1991–92, duas conquistas em cima do Monaco.

O sucesso não gerou apenas reconhecimento nacional. Na sua primeira participação em muitos anos na Taça dos Campeões Europeus, o Olympique chegou às semifinais, depois de eliminar, com certa folga, Brøndby IF, AEK Athens e CSKA Sofia. O adversário da vez era o Benfica. Na partida de ida, na França, o Marseille fez 2–1, obtendo vantagem de empate para o jogo de volta. Nesta, o empate de 0–0, até os 82 min, dava a classificação inédita ao time de Marselha, porém, num erro infeliz do árbitro belga Marcel van Langenhove, o atacante angolano Vata, do time português, escorou a bola para um gol com a mão, fazendo o placar necessário para a classificação do Benfica, que veio a sucumbir diante do Milan na final.

Um ano depois, na Taça de 1990–91, o Marseille foi ainda mais eficiente. Depois de bater Dinamo Tirana, Lech Poznań, o poderoso Milan e o Spartak Moscou, a final, que seria disputada contra o surpreendente Estrela Vermelha de Belgrado, era considerada uma tarefa não muito árdua. Porém, num empate em 0–0 no tempo regulamentar, a partida foi para a disputa de pênaltis, tendo Manuel Amoros, da equipe francesa, errado o alvo logo na primeira cobrança, o que se tornaria fatal para o time, já que mais nenhum pênalti foi desperdiçado, permanecendo o placar nas penalidades em 5–3, dando o título ao rival.

A maior glória de um clube francês na história veio em 1992–93. Na primeira fase, contra o Glentoran, da Irlanda do Norte, o Marseille fez 8–0 no agregado, passando facilmente, diferentemente da segunda, quando pegou o Dinamo Bucureşti, da Romênia. Precisando do resultado no jogo de volta, já que o placar não foi aberto no de ida, a tarefa de marcar os dois gols da vitória por 2–0 foi de Alen Bokšić. Na fase seguinte, que só classificava um clube por grupo, o Olympique enfrentou Rangers, Club Brugge e CSKA Moscou, e teve três vitórias e três empates, permanecendo invicto. A final teve lugar em Munique, na Alemanha, contra o mesmo Milan que havia derrotado anos antes e atual time do eterno ídolo marselhano Jean-Pierre Papin. A partida ocorreu no dia 26 de maio de 1993, e o resultado foi 1–0 para os franceses, gol de Basile Boli, aos 44 min. 

Porém, devido a um escândalo envolvendo seu presidente na época, o clube foi forçado a jogar a Segunda Divisão por dois anos, teve retirado seu título francês de 1992–93, que seria seu quinto consecutivo, e ainda não pôde participar da Copa Intercontinental do mesmo ano, que teve como clube substituto o vice-campeão europeu, AC Milan. A denúncia partiu de jogadores do Valenciennes, Jacques Glassmann, Jorge Burruchaga e Christophe Robert, que afirmaram ter sido contatados por Jean-Jacques Eydelie para deixarem o clube de Marselha vencer e, mais importante, não lesionarem nenhum jogador do Olympique para não prejudicar a final da Liga dos Campeões, que seria jogada dias depois.

Assim, o clube acabou campeão da Ligue 2 de 1994–95, mas foi impedido de subir para a Ligue 1. Sua volta foi na temporada seguinte, com o vice campeonato da Segunda Divisão.

Desde então, o clube vem tentando recuperar seu prestígio internacional, tendo sido vice-campeão da Copa da UEFA por duas oportunidades, em 1998–99, sendo derrotado pelo Parma, e em 2003–04, depois de bater adversários como Internazionale, Liverpool e Newcastle, caindo diante do Valencia da Espanha. Vice-campeonatos recentes ainda de duas Copas da França e dois Campeonatos Franceses ainda mantém o clube na elite do futebol francês.

Em 2009–10, quebrou o jejum que passou por quinze anos sem um título nacional, conquistando a Copa da Liga Francesa de 2009–10, em cima do Bordeaux por 3–1. Na mesma temporada, outro jejum foi quebrado. Dezoito anos depois, após assumir a liderança na trigésima primeira rodada, o Olympique foi campeão francês pela nona vez na sua história, com duas rodadas de antecedência.

Em 3 de maio de 2018, o Olympique alcançou a final da Liga Europa depois de eliminar o Salzburg nas semifinais, 14 anos após sua última final em uma competição europeia em 2004 contra o Valencia. Na final, o clube foi derrotado pelo Atlético de Madri (0–3).

Atualmente é o único clube francês detentor de um título da Liga dos Campeões da UEFA, em 1992/93, além de nove Campeonatos Franceses e dez Copas da França. Suas conquistas mais recentes foram as Copas da Liga de 2009-10, 2010-11 e 2011-12, e o Campeonato Francês de 2009-10.

Nossa nova versão foi montada em lentes de 45mm com arte própria. 





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