JUVENTUS, DE SÃO PAULO-SP, COM OUTRA ROUPA NOVA

Esse é o Clube Atlético Juventus (conhecido popularmente como Juventus da Mooca), um clube poliesportivo, recreativo e social da cidade de São Paulo - SP. 

Fundado em 1924 por membros da comunidade italiana como Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube, o Juventus é um dos clubes mais tradicionais da capital paulista. Foi um dos fundadores da Federação Paulista de Futebol e até hoje é o sexto clube que mais vezes participou da Série A1 do Campeonato Paulista. 

Apenas em 1930 a diretoria do clube da Mooca resolveu mudar o nome da agremiação para Clube Atlético Juventus conforme sugestão do empresário italiano Conde Rodolfo Crespi que acabara de voltar de uma viagem à Itália, onde assistiu uma partida da Juventus de Turim.

Originalmente, os diretores do Juventus pretendiam usar as mesmas cores do uniforme da Juventus da Itália, porem grande parte dos times paulistas da época já ostentavam estas mesmas cores. Com isso a diretoria do clube procurou aderir cores não existentes nas demais agremiações. Novamente por sugestão de seu maior benfeitor, O Conde Rodolfo Crespi, o clube optou pelas cores "Grená e Branco" cuja semelhança tratava-se justamente da outra equipe italiana de Turim, o Torino Football Club.

No dia 14 de setembro de 1930, um fato marcante entraria para todo sempre na história do Clube Atlético Juventus. Disputando pela primeira vez a elite do futebol profissional, o Garoto - como o Juventus era apelidado pelo jornalista Tomás Mazzoni - surpreendeu a todos ao vencer a forte equipe corintiana em pleno Parque São Jorge por 2 a 1. Nascia ali um apelido e um mascote para o clube, o Moleque Travesso, imortalizada nas palavras do mesmo Tomás Mazzoni, que batizou o feito do novato time da Mooca como: "Uma travessura de um moleque, que ousou vencer um gigante, em seus próprios domínios".

Em 1949, diante da entrada de clubes do interior no campeonato paulista, a inclusão do rebaixamento e com os crescentes gastos para manter o departamento de futebol profissional, o presidente Adriano Crespi recebeu uma oferta da diretoria da Ponte Preta, de Campinas - SP, de fusão entre as duas equipes. A proposta previa que o Juventus cedesse seus jogadores aos pontepretanos, que em contrapartida assumiriam dívidas e demais funcionários do clube da Mooca. Em votação no final de 1949, o conselho deliberativo grená rejeitou a fusão por 23-10. Derrotado, Crespi afastou-se da diretoria do Juventus, colocando fim a duas décadas da sua família no comando do clube.

Em 1954 o Juventus continuava enfrentando as dificuldades de temporadas anteriores e, após uma péssima campanha no Paulista de 1954, o clube foi rebaixado pela primeira vez. Graças a uma manobra da FPF, que aumentou o estadual de 14 para 18 equipes, o clube foi promovido através de convite da federação à divisão principal em 1956. 

Uma exceção no período foi a ótima campanha no Paulista de 1963, quando o Moleque Travesso terminou na quinta colocação. Outro momento positivo foi a conquista do Torneio Classificatório do Campeonato Paulista de 1971, popularmente conhecido como “Paulistinha”, uma espécie de certamente preparatório que reunia algumas equipes do estado — embora o certame não contasse com Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, São Paulo e Santos.

O Juventus viveu alguns de seus melhores momentos no futebol na primeira metade da década de 1980. Graças a boas campanhas no Campeonato Paulista, o time da Mooca pôde competir pela primeira vez em competições nacionais, como a Taça de Ouro (nome da Série A do Brasileiro à época) e Taça de Prata (precursora da atual Série B do Brasileiro). Em 1980, juventinos disputaram pela primeira vez a Taça de Prata, terminando a competição com em oitavo lugar entre 64 times. Dois anos depois, o time disputou novamente a competição, mas terminou apenas em 24º.

A ótima campanha no Campeonato Paulista de 1982, quando terminou entre os cinco melhores, garantiu uma vaga ao time grená pela primeira vez na elite do Campeonato Brasileiro de 1983. No entanto, o clube acabou em penúltimo em sua chave na primeira fase da competição e, após uma nova derrota em uma repescagem contra o Goiás, acabou sendo eliminado precocemente. Como o regulamento previa que equipes eliminadas na primeira fase da Taça de Ouro disputassem a fase final da Taça de Prata daquele mesmo ano, o Juventus ingressou diretamente nas oitavas-de-final deste campeonato. Após passar por Itumbiara, Galícia e Joinville, o Moleque Travesso chegou a final contra CSA. No primeiro jogo, 3-1 para os alagoenses no Estádio Rei Pelé. No segundo confronto, os paulistas venceram por 3-0 na Fazendinha, do Corinthians. Na partida desempate, também no campo corintiano, o Juventus venceu por 1-0 e se sagrou campeão brasileiro da segunda divisão.

A partir da década de 2000, o Juventus voltou suas atenções ao nível estadual. Em 2002, o time grená obteve um quarto lugar no Paulista, mas o torneio não teve os principais clubes do Estado, que disputavam o Torneio Rio-São Paulo naquele ano. 

Em 2004, o clube foi rebaixado para a Série A2 após perder para o São Paulo por 2 a 1 com dois gols do atacante Grafite, resultado que acabou evitando o rebaixamento do Corinthians naquele estadual, fato esse que repercutiu muito. 

Em 2005, a torcida grená ainda teve um motivo para festejar, após o clube se sagrar campeão da Série A2 na final contra o Noroeste, retornando à elite do futebol paulista. Mas pelos anos seguintes, o clube experimentaria novos rebaixamentos, inclusive para a Série A3 estadual — equivalente à terceira divisão da FPF. Um último bom momento foi a conquista da Copa Paulista de 2007, título que garantiu ao clube disputar pela primeira vez a Copa do Brasil.

Agora em 2024 o clube quase conquistou o acesso para a primeira divisão paulista de 2025, mas foi derrotado pelo Velo Clube de Rio Claro nas semifinais. 

A nova versão foi feita com lentes de 45mm e arte própria.

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