PORTUGUESA, DA VENEZUELA, DIRETO DA MÁQUINA DO TEMPO

O Portuguesa Fútbol Club é um clube de futebol profissional venezuelano com sede em Araure, estado de Portuguesa. Atualmente joga na Primeira Divisão da Venezuela e disputa seus jogos no Estádio José Antonio Páez.

Portuguesa é um dos estados da Venezuela, localizado no noroeste do país. Segundo a tradição, havia uma mulher portuguesa em um batalhão conquistador que marchava pela região que, ao cruzar um rio se afogou. Desde esse dia o tal rio passou a ser chamado casualmente de Rio Portuguesa, em sua memória. Com o passar do tempo e o estabelecimento das fronteiras da região, hoje essa mesma portuguesa dá nome ao estado onde morreu.

Já o clube de futebol foi fundado em 1972, no Clube Ítalo Venezoelano de Araure, quando um grupo de empresários locais assumiu a tarefa de formar um time de futebol profissional que representasse o estado Portuguesa, embora naquela época não imaginassem as conquistas de curto prazo que seriam alcançadas. A direção do clube não hesitou em investir para trazer o que havia de melhor em jogadores estrangeiros, assim como não hesitou em contratar os melhores talentos venezuelanos da época.

O time rubro-negro teve uma primeira década digna de admiração, conquistando seu primeiro campeonato venezuelano já em 1973, sob o comando do direção de Walter "Cata" Roque. Em 1975, venceu novamente sob o comando do ex-futebolista iugoslavo Vladimir Popović. Em 1976, foi campeão venezuelano pela terceira vez com Benjamín Fernández. Em 1977, foi campeão com o retorno de Popović e em 1978 venceu seu último campeonato venezuela com Celino Mora. Além disso, “El Penta”, apelido recebido por seus cinco títulos, conquistou a Copa Venezuela em 1973, 1976 e 1977, além de ter sido vice-campeão da primeira divisão nas temporadas de 1974, 1980 e 1983.

Em 1977, naquela época, ocorreu a maior transação da história por um crioulo, quando o meio-campista do Estudiantes de Mérida, Richard Páez, foi contratado por 200 mil bolívares. A Copa Libertadores de 1977 foi inesquecível para a Portuguesa, pois proporcionou o primeiro artilheiro de uma seleção venezuelana na Copa Libertadores: Juan César Silva, do Tucumán, com 5 gols, empatado com Néstor Scotta, do Deportivo Cali. Eles também chegaram às semifinais (passar em primeiro lugar na fase de grupos levava automaticamente a outro grupo semifinal) depois de despachar o Estudiantes de Mérida e os peruanos Sport Boys e Club Sport Unión Huaral. Nas semifinais não conseguiu vencer os times brasileiros Internacional de Porto Alegre e Cruzeiro, apesar de derrotar o antigo por 3 a 0 em Araure.

Passou em branco na década de 1980, porém sempre disputando títulos e terminando entre as primeiras posições. Naquela década, eles se mantiveram na elite com a colaboração de empresas e entidades governamentais que os financiavam.

Na década de 90 o time sofreu um grande desastre na Primeira Divisão, teve uma sequência ruim que durou de 1989 a 1993, ano onde as coisas pioraram ainda mais e no meio do ano foi rebaixado pela primeira vez em sua história à Segunda Divisão da Venezuela. Desde então o clube não manteve o apoio financeiro dos primeiros anos e passou a oscilar entre primeira e segunda divisão nacional.

Atualmente, não são muitos os times que podem se orgulhar de dizer que estão no futebol venezuelano há mais de 40 anos, apesar dos altos e baixos. Nesse ano, após 40 anos de ausência, voltou a disputar a Copa Libertadores de 2024, após ter terminado entre os quatro primeiros colocados da fase regular do campeonato venezuelano, se classificando para a fase classificatória 2 do torneio continental após terminar em terceiro no quadrangular final.

Nossa versão foi montada em lentes de 45mm com arte semelhante aos antigos Brianezi. Os outros clubes venezuelanos da coleção são MinerosAtlético Zamora, o La Guaira, o Caracas e o Trujillanos.

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