Esse é o Club Comunicaciones, um clube esportivo argentino localizado no bairro Agronomía da cidade argentina de Buenos Aires. Atualmente os Carteros participam da Primera B, a terceira divisão regionalizada do futebol argentino para as equipes diretamente afiliadas à Associação do Futebol Argentino (AFA).
Foi fundado em 1931 como Club Atlético Correos y Telégrafos por funcionários da antiga estatal argentina de Correios e Telégrafos, e desde o seu início adota o apelido de Cartero. As cores que identificam o clube (amarelo e preto) foram adotadas em referência às empresas de correio em todo o mundo.
Era conhecido nos primeiros anos por fazer parte dos "8 Grandes Bailes 8", carnavais organizados na Capital Federal com shows de artistas populares da época como Sandro e Juan D'arienzo, e que reuniam grande multidão de espectadores, a instituição Adotou as cores amarelo e preto para as vestimentas dos carteiros daqueles anos.
O clube mudou de nome para Club Comunicaciones depois de uma assembleia em 1953, quando o então presidente da Argentina, Juan Domingo Perón, cedeu uns terrenos no bairro Agronomía para ser usado como clube social e esportivo. Nessas terras foi construído o atual estádio, de nome Alfredo Ramos, e o prédio poliesportivo para seus associados.
A participação na AFA pelo Comu começou em 1960 dentro do campeonato Primera D. Devido a reestruturação nos torneios de 1964, começou a jogar no C e em 1968 sagrou-se campeão mas decidiu não jogar na Primera B, respeitando o seu estatuto que o impedia de praticar de futebol remunerado (profissional), algo que teria que acontecer se os dirigentes aceitassem jogar no B.
Em 1969 essa regra foi modificada e após consagrar-se novamente na C, finalmente conseguiu chegar à Primera B, categoria na qual permaneceu até 1977, onde sofreu seu primeiro rebaixamento. Durante a década de 70 o clube bateu recorde, chegando a 60.000 sócios. Com a modificação nos torneios AFA e a chegada do novo B Nacional em 1986/87, o Comunicaciones ficou com uma das promoções ao Primeiro B, mas só permaneceu na categoria por um ano e voltou ao C, onde permaneceu até 1992.
Os anos 90 foram alguns dos mais complicados da vida do Carteiro. A crise econômica que atingiu o país durante a presidência de Carlos Menem e a privatização do Correio Oficial da República Argentina, que financiava a instituição com as contribuições de seus funcionários, repercutiu no clube e no futebol, motivo pelo qual se alternou em o C e o D. Após a promoção ao Primeiro C em 97/98, a instituição de Agronomia entrou nos anos mais difíceis em termos económicos e em Dezembro de 2000 entrou com pedido de falência. A exemplo do que aconteceu com o Racing de Avellaneda, a justiça determinou a criação de um fideicomisso que assumiu a administração da instituição.
No regresso ao futebol, na época 2004/05, o Carteiro conquistou o direito de disputar a final da promoção à B Metropolitana ao vencer o Torneio Clausura. Lá eles venceram Colegiales na quadra de San Lorenzo de Almagro, para deixar o Primero C.
O ano de 2012 marcou a história e a essência da Comu com fogo. Por causa da dívida financeira, o clube fechou as portas e estava prestes a desaparecer. Naquela época, surgiram duas propostas para salvar o Carteiro da situação em que se encontrava. A primeira de um empresário que assumiria os 12 milhões de pesos devidos em troca de manter o micro-estádio do clube de Agronomia. A segunda proposta e a mais lembrada, a de Hugo Moyano, do Sindicato dos Caminhoneiros, que chegou à instituição com a promessa de investimento e salvação, um futuro melhor. Como nada é de graça, o Comu deve mudar sua essência, história, escudo e passar de amarelo e preto para verde e branco.
Mas "El Comu no se vende", e as comunicações não foram vendidas. Foi o grito de guerra dos quase 1.500 sócios que, diante das adversidades, lutaram contra tudo para salvar o clube. Os integrantes assumiram a instituição e no frio inverno de julho dormiram no chão da sala do clube. Organizaram-se na Associação Civil Todos por Comu, marcharam em direção ao Legislativo e cortaram as avenidas Beiró e San Martín. Comu no se vende!
Durante o mês de agosto de 2012, o Tribunal Nacional de Recursos decidiu a favor dos sócios do Carteiro e a instituição voltou a pertencer aos torcedores que tanto lutaram. A partir daí se deu o processo de recuperação do Carteiro, que permanece na Primera B, mas já conta com mais de 20 modalidades esportivas e quase 5.000 associados.
Nossa versão foi feita em lentes de 45mm e arte própria montada com faixas nos padrões da Brianezi em posições alternativas. Os clubes argentinos que já temos na coleção são Argentino Juniors, Atlas, Banfield, Belgrano, Boca Juniors, Chacarita Juniors, Cipolletti (Gravinezi), Colon, Defensa y Justicia, Estudiantes de La Plata, Ferro Carril, Guilhermo Brown, Gimnasia y Esgrima, Independiente (Dallas), Lanus, Newell´s Old Boys, Racing, River Plate, Rosario Central, San Lorenzo, Talleres, Unión e Velez Sarsfield.
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